diário da esperança

A mudança que desejamos no mundo pode começar por nós

Olá! Quero começar o texto de hoje com essa linda frase do Rubem Alves: "Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses". Achei pertinente trazer essa frase para pensarmos sobre os ciclos e mudanças que ocorrem em nossa vida. O tempo está em constante movimento, o mundo em permanente transformação e, inseridos neste processo, nós também estamos nos modificando.

Quando queremos mudar algo em nossa vida, somos, por vezes, forçados a movimentar muitas coisas, a tomar decisões e a fazer escolhas. Nem sempre esse processo é fácil, pois, ao fazermos uma escolha, estamos deixando, inevitavelmente, algo para trás. Estamos escolhendo encerrar um ciclo de nossa vida e começar outro. E por que é tão difícil encerrar um ciclo?

A psicologia pode ter diferentes respostas para essa pergunta, mas a única certeza é que esta decisão é subjetiva, ou seja, vai depender do comportamento de cada pessoa e da forma como esta reage às mudanças e as escolhas em sua vida. Algumas pessoas têm facilidade em perceber a necessidade de mudar e não se intimidam em iniciar esse processo. Enquanto outras, por sua vez, tem dificuldade em aceitar que há algo que precisa ser modificado, e são resistentes para tomar a iniciativa. Dessa forma, podemos pensar que encerrar um ciclo é difícil, porque, muitas vezes, estamos tão apegados à forma como funcionamos e com as situações que já convivemos, que isso nos traz um certo conforto.

Às vezes, acreditamos que é melhor viver com algo que já sabemos lidar, do que partir para algo novo que não sabemos como será. Nem sempre, estamos preparados para enfrentar o medo de mudar. Mas não podemos esquecer que essas metamorfoses citadas por Rubem Alves são necessárias para o nosso amadurecimento e transformação.

De tempos em tempos, em função das mudanças que ocorrem dentro de nós e, consequentemente, nos reflexos que isso produz no mundo exterior, ciclos se encerram nas nossas vidas, e outros tantos se iniciam ou recomeçam. Por isso, quando você quiser mudar algo e não estiver conseguindo, é importante tentar identificar medos, limites e potencialidades.

Através do autoconhecimento, você consegue entender melhor as emoções e a forma como reage diante dos acontecimentos de sua vida. Assim, você poderá pensar por onde começar essa mudança. Tenha em mente que, sempre que você faz uma escolha, esta implica em uma renúncia. Muitas vezes, o apego ao que renunciamos pode se tornar maior, gerando uma percepção distorcida sobre o que escolhemos. Nesses casos, podem surgir dúvidas devido à insegurança de ter feito a escolha errada, e assim, deixamos de viver o "agora" para viver a "lembrança" do que passou.

Caros leitores, espero que este texto possa a reflexão de que a mudança que queremos pode começar por nós mesmos. Quando mudamos algo em nós, transformamos a forma como nos relacionamos, e, consequentemente, a nossa visão de mundo.

Texto: Maria Giselma Santos Melo
Psicóloga clínica

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